Muitos empresários estão voltando seus negócios para as favelas pacificadas. O Vidigal é um exemplo disso. Até mesmo antes da implantação da UPP, em janeiro do ano passado, alguns empreendedores se prontificaram e garantiram seu quinhão. Esses fizeram muito bem, já que, há cinco anos, um terreno equivalente a dois barracos, custava R$80.000. Quem quiser um espaço como esse agora, deve ter em mente que vai desembolsar cerca de R$ 700.00.
Mas é claro que estamos falando da parte nobre e, consequentemente, mais valorizada do Vidigal. A região é conhecida como Arvrão, e tem uma das mais belas vistas da paisagem carioca. Lá, a construção do Hotel Arvrão já está em processo adiantado.O empreendimento do arquiteto Hélio Pellegrinmo tem previsão de inauguração para o fim deste ano.
Hélio Pelegrino e seu sócio Rodrigues sobre a construção do Hotel Arvrão. |
Vizinho a ele, a produtora de cinema Jackie de Botton pretende abrir um espaço que sirva de encontro para artistas internacionais do seu ramo.
Até Vik Muniz, renomado artista brasileiro que foi consagrado nos Estados Unidos, volta às origens nacionais comprando o terreno de uma antiga igreja no Arvrão, para posterior construção de um ateliê.
Que as favelas cariocas se tornaram um fecundo palco para eventos, todo mundo já sabe. Principalmente a população abastada da cidade, que banca entradas exorbitantes, que podem chegar a R$800, por exemplo. O que não se sabe, é que famosas redes gastronômicas estão olhando para o alto também. Este é o caso de Cello Macedo, criador da cerveja Devassa, e de sua mulher, Zazá Piereck, dona da Zazá Bistrô tropical. Para que esses restaurantes possam se estabelecer no morro, faltam aquelas coisinhas básicas para os negócios gastronômicos, como por exemplo a logística de recolhimento de lixo, ou mesmo para a entrega de fornecedores. No Vidigal, a única rua que permite esse tipo de serviço é a principal, a Avenida Presidente João Goulart. Fora dessa reta, fica mais difícil se estabelecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário